FACE NACIONAL DO EURO


No espaço definido para a face nacional do Euro pretendi criar uma inequívoca e forte presença de identidade nacional. Tal objectivo foi procurado não só através da composição e do desenho dos elementos utilizados como também através de um flagrante contraste face às propostas já conhecidas de outros países, designadamente da Alemanha e da Bélgica.

Por isso, no centro da moeda, optei por integrar um elemento polorizador que nos remeta para o princípio da Nacionalidade: a Palavra-Sinal Portugal; utilizei três sinais de validação ou autenticação régia de D. Afonso Henriques para distinguir cada um dos grupos de valores de moeda: 1 e 2 Euro; 10, 20 e 50 Cent; 1, 2 e 5 Cent.

Para maior notoriedade dos diversos elementos em jogo, o tradicional contorno do escudo nacional foi reconstruído para assumir a forma circular, sendo os castelos e as quinas redistribuídos na periferia do círculo, localizando-se face a face com cada uma das doze estrelas da UE.

Este diálogo de símbolos - castelos e quinas, por um lado, e estrelas, por outro - expressa a dinâmica da construção europeia, a necessidade da renovação dos conceitos e traduz o desejável intercâmbio de valores e o encontro de culturas.

Procurei, ainda, que esta proposta formal, centralizada e irradiante, nos remetesse para a tradicional moeda portuguesa, criando assim um elo de ligação com um dos símbolos tradicionais identificativos da soberania nacional.